Realizei Mestrado em Física Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2022), obtendo título de Mestra em Física Aplicada pela UFRJ em 10 de fevereiro de 2022, estudando sobre o Efeito da Exposição de Campos Magnéticos Estáticos sobre Células Vivas (Fibroblastos) em Cultura nos laboratórios da UFRJ: LPO (Laboratório de Pinças Ópticas); CENABIO (Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem); e LMC do ICB (Instituto de Ciências Biomédicas).
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2217203129253520
Resumo:
As aplicações biológicas de campos magnéticos aparecem desde os primeiros relatos da observação de Tales de Mileto sobre o magnetismo, no século VI a.C. Diversos estudos têm apontado para a presença de efeitos biológicos dos campos magnéticos sobre células vivas em cultura. Porém, os resultados encontrados são bastante conflitantes e algumas das principais causas parecem ser as diferenças nas direções, sentidos e magnitudes dos campos, além da variabilidade natural das células. Essa dissertação tem como objetivo geral revisitar os efeitos da exposição de campos magnéticos estáticos externos sobre células vivas em cultura. Como objetivos específicos, propomos verificar o efeito de campos magnéticos estáticos sobre células de fibroblastos NIH3T3. Buscamos reconhecer possíveis diferenças em crescimento e migração celular, caracterizando de maneira quantitativa correlações entre a exposição de campos magnéticos estáticos e o aumento de mitoses e mudanças nas velocidades de migração. Analisamos os efeitos dos campos magnéticos estáticos também em um modelo de “fechamento de ferida”. Para tanto, realizamos experimentos em estufa e em videomicroscopia para avaliar o efeito de campos magnéticos sobre estas células. Utilizamos as condições: controle; Porta Amostras , com campos magnéticos de polo norte e sul nas laterais da amostra, de magnitude de (36,6 ± 0,2) mT no centro da placa; e condições nas quais o imã de neodímio foi colocado abaixo da placa nas direções Polo Norte , de magnitude de (325 ± 3) mT; (4) Polo Sul , de magnitude de (396 ± 4) mT; e Polo Norte(maior) de magnitude de (280 ± 1) mT. Os resultados obtidos nestes experimentos mostraram um aumento significativo de proliferação na condição Porta Amostras , de aproximadamente 53% (r/rc = 1.53 ± 0.16), após 24h de exposição. Nessa mesma condição observamos um aumento de 1.41 vezes na taxa de mitose de células. Entretanto, não obtivemos diferenças significativas nas outras condições experimentais usadas. Nos experimentos de migração celular e de “fechamento de ferida” realizados apenas na condição Porta Amostras , as células não apresentaram modificações de migração, direcionamento ou redução de área na presença de campo magnético. Concluímos que os campos magnéticos estáticos utilizados em nosso estudo são capazes de gerar efeitos somente sobre a proliferação de células de fibroblastos NIH3T3 em determinadas condições específicas. Nenhum efeito sobre migração celular foi observado.
Palavras-chave: fibroblasto; magnetobiologia; efeito biológico dos campos magnéticos; campo magnético estático; biomagnetismo; bioeletromagnetismo.
Autora: Ísis Paes d' Assumpção Perez
E-mail para Contato: isispaes@gmail.com
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2217203129253520
Orientadores: Dr. Bruno Pontes e Dr. Nathan Viana
Ano: 2022.
Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Física Aplicada - Instituto de Física - UFRJ
https://www.if.ufrj.br/mestrado-academico-em-fisica-aplicada/
Link para acesso ao PDF:
https://drive.google.com/file/d/1LHrkiZ3ap19IbGYqhOb1cUwcqmRnsQs3/view?usp=sharing
Como citar este trabalho:
PEREZ, Ísis Paes d’ Assumpção. O Efeito da Exposição de Campos Magnéticos Estáticos sobre Fibroblastos em Cultura. 2022. 77 páginas. Dissertação (Mestrado Multidisciplinar em Física Aplicada) – Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
NBR 602
Utilizando uma cultura de células vivas de Fibroblastos 3T3, expostas a campos magnéticos estáticos de ímãs, de magnitude de aprox. 36,6 mT (366 gauss).
Com polos norte e sul abaixo da placa de cultura.
Realização de fotos da cultura celular de fibroblastos após exposição a campos magnéticos estáticos de ímãs.
Realização de vídeos de 24h de exposição a campos magnéticos estáticos de ímãs, apenas na condição porta-amostras.
Sobre proliferação em estufa.
Nos experimentos em estufa foi observado aumento de aprox. 53% na proliferação e de células de fibroblastos 3T3 em 24h de exposição a campos magnéticos estáticos de ímãs.
Sobre proliferação em videomicroscopia.
Nos experimentos de videomicroscopia foi observado aumento de 1.41 vezes na taxa de mitose de células de fibroblastos 3T3 em 24h de exposição a campos magnéticos estáticos de ímãs.
Possibilidades de promoção de maior compreensão de fenômenos da Magnetobiologia.
Fibroblastos NIH3T3.
Vídeo sobre a pesquisa de Mestrado que desenvolvi em conjunto com meus orientadores.
Os estudos foram feitos em células vivas.